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  • há 7 horas
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Exposição no Rio de Janeiro, une artesanato e poesia, revela cores, sons e saberes do território sulista em uma experiência sensorial que envolve tradição, natureza, sustentabilidade, cultura, ancestralidade e futuro.
Exposição no Rio de Janeiro, une artesanato e poesia, revela cores, sons e saberes do território sulista em uma experiência sensorial que envolve tradição, natureza, sustentabilidade, cultura, ancestralidade e futuro.


Onde o barro é memória e a lã aquece histórias, o oeste catarinense fala por meio das mãos. Entre curvas de rios e campos férteis, Chapecó e Xanxerê levam ao Rio de Janeiro mais do que artesanato: a alma de um território. São vozes que, com o apoio do Sebrae, transformam matéria em poesia e mostram que criar é também uma forma de pertencer, resistir e encantar.


A região se apresenta na exposição “Sinta o Sul – Bioma Mata Atlântica” com a força silenciosa de quem carrega saberes ancestrais em cada fio, em cada traço. Chapecó e Xanxerê representam esse território na Mostra, com um patrimônio que vai além dos objetos: modos de viver, de sentir e de preservar tradições.


É no barro moldado com cuidado, na madeira entalhada, na lã fiada com paciência, que se revela a identidade profunda de um povo que transforma o cotidiano em arte. O Sebrae/SC tem sido elo essencial nesse processo: conecta tradição e inovação, valoriza territórios e fortalece a autonomia de artesãos que contam histórias que não foram escritas nos livros.


Ao impulsionar a participação do oeste nessa vitrine nacional, o Sebrae oferece visibilidade a um artesanato que nasce do chão, do silêncio das roças, da cultura viva que sussurra nas varandas e galpões. Na exposição, cada peça é um fragmento de memória coletiva, um retrato das raízes que sustentam o Sul e das sementes que apontam para o futuro. Ali, o fazer manual é linguagem de pertencimento. O Sul se revela em sua versão mais íntima e verdadeira.


FORÇA SENSÍVEL DA ARTE CATARINENSE NO SINTA O SUL


O oeste catarinense chegou às margens cariocas. Em meio ao calor da arte, da cultura e do encontro, sete representantes do talento regional desembarcam no Rio de Janeiro para mostrar a todo o Brasil o que nasce das mãos, da terra e da ancestralidade. No evento que celebra a arte popular e a economia criativa do Sul, associações de Chapecó e Xanxerê tecem histórias com fios de barro, bordado, palha e espiritualidade.


De Xanxerê, a Arte Palha participa com trançados que narram o cotidiano, o sagrado e o tempo das mãos, herança da tradição cabocla. De Chapecó, a Aldeia Arapoty traz sua arte indígena viva, conectada à sabedoria Guarani e à harmonia com a natureza. A Aldeia Kondá compartilha a força ancestral Kaingang, com peças que guardam memória, identidade e resistência.


Também de Chapecó, o Ateliê Linda Cerâmica, mostra como o barro vira poesia visual pelas mãos sensíveis da ceramista. Criação 2 – Bordados borda sonhos e afetos sobre o tecido da história feminina e comunitária. A Divina Flora, exibe arranjos que exaltam o simples e o belo das flores naturais e secas, em sintonia com a vida rural. Grazie Di Art, artista do fio e da fibra, revela como é possível transmutar materiais têxteis em peças de profunda expressividade e identidade. Cada nome é um elo entre o oeste catarinense e o restante do Brasil. De Chapecó, também chegam ao Rio de Janeiro, peças moldadas como histórias contadas em barro — cerâmicas que exalam identidade e raiz. De Xanxerê, surgem tramas delicadas de lã que costuram passado e presente, tempo e pertencimento.


No Rio, as mãos do interior transformam a vitrine nacional em palco de resistência estética, cultural e econômica. “O Sinta o Sul” sente o Sul — e, com ele, o oeste catarinense que floresce, forte e sensível, diante de todos.


UM TERRITÓRIO QUE FALA


Com a curadora, consultora credenciada ao Sebrae/SC e especialista em cultura e criação, Silvia Baggio, a exposição traduz símbolos, sons, aromas e texturas da Mata Atlântica por meio de obras que unem tradição e inovação, memória e propósito, ancestralidade e design.


Cada espaço do Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro (CRAB), propõe uma experiência imersiva, costurada por sentimentos de pertencimento e identidade. “Queremos que o público perceba a diversidade do nosso Sul, que entenda que, além do legado indígena e colonial, há uma produção contemporânea potente, conectada com o presente e o futuro”, afirma Silvia.


PALAVRAS, FORMAS E ESPAÇOS QUE TRADUZEM O SENTIR


A delicadeza e a profundidade da mostra também se revelam na produção textual e direção de arte da artista visual Janaína Cora, que costura sentidos, histórias e afetos em cada elemento expositivo. Já a concepção do espaço, assinada por Caetano Echeverria Baggio, permite que cada obra encontre seu lugar com harmonia e propósito, conduz o visitante por um percurso sensorial onde o território se faz presente em texturas, cores e silêncios. Juntos, criam uma narrativa visual que amplia o olhar e convida à escuta do que o Sul tem a dizer — com beleza, memória e pertencimento.


A mostra valoriza o uso responsável dos recursos naturais e trata o artesanato como ferramenta de reflexão e transformação. “É urgente compreendermos que artesanato, arte e design devem caminhar juntos. Todos podem ser protagonistas nesse processo”, reforça a curadora.


Da lã de ovelha à madeira nativa, do barro à fibra vegetal, os materiais usados nas mais de 1.600 peças expostas vêm do bioma e refletem respeito profundo à natureza. Mais que matérias-primas, são histórias ressignificadas no tempo presente, com os olhos voltados ao amanhã.


O ARTESANATO COMO LINGUAGEM DO TEMPO


Para Silvia, o que mais a tocou foi perceber o quanto os artesãos estão conscientes de seus lugares no mundo e do legado que desejam deixar. “As peças falam. Elas trazem propósitos. Questionam excessos, reverenciam a natureza e inspiram futuros mais conscientes”.


Segundo ela, os saberes manuais estão mais vivos do que nunca. E, quanto mais conectados à identidade de seus autores, mais ganham força, profundidade e beleza. Durante os meses da exposição, ativações dos três Estados (SC, PR e RS) manterão a mostra viva, com oficinas, experiências interativas e ações ligadas ao turismo, gastronomia e educação ambiental.


MAIS DO QUE UMA EXPOSIÇÃO — UM MANIFESTO


“Sinta o Sul” é, antes de tudo, um manifesto em favor do sensível. É sobre o que se transmite sem palavras, sobre a força de uma colher de pau talhada à mão, de uma renda que demora dias para nascer, de um chimarrão compartilhado ao entardecer. É um lembrete de que arte, design e artesanato não são mundos separados. Devem caminhar juntos, especialmente quando é urgente criar um amanhã possível, belo e justo. Uma ferramenta de futuro: capaz de preservar o que somos, transformar o que vivemos e inspirar o que seremos.


O CRAB, na Praça Tiradentes, abre as portas para quem deseja ver e viver os saberes do Sul com todos os sentidos. A entrada é gratuita, com apresentação de documento com foto. A exposição está disponível até 15 de outubro, de terça-feira a sábado, das 10h às 17h, no Rio de Janeiro. A mostra é fruto de uma iniciativa inédita realizada em colaboração entre o Sebrae Santa Catarina, Sebrae Paraná, Sebrae Rio Grande do Sul e CRAB.


SOBRE O SEBRAE/SC


O Sebrae/SC comemora, em 2025, 53 anos de dedicação ao fortalecimento dos pequenos negócios e ao fomento do empreendedorismo em Santa Catarina. Com presença em todas as regiões do Estado, a instituição oferece soluções que impulsionam o desenvolvimento econômico e social, apoiando milhões de empreendedores ao longo de sua trajetória. Reconhecido nacionalmente, o Sebrae é hoje a 4ª marca mais valiosa do país, com um ativo de R$ 33,9 bilhões, reflexo de sua credibilidade, impacto e compromisso com a transformação dos territórios onde atua. Em Santa Catarina, o Sebrae é parceiro estratégico de quem faz o estado crescer.


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