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  • 28 de set.
  • 2 min de leitura
O prefeito de Florianópolis, Topázio Neto, usou suas redes sociais neste sábado (27) para abrir uma conversa direta com a população sobre um dos temas mais delicados da capital: a situação das pessoas em situação de rua. Em vídeo, ele convidou os moradores a refletirem sobre o que fariam se estivessem no lugar dele, conduzindo as políticas para esse público.
O prefeito de Florianópolis, Topázio Neto, usou suas redes sociais neste sábado (27) para abrir uma conversa direta com a população sobre um dos temas mais delicados da capital: a situação das pessoas em situação de rua. Em vídeo, ele convidou os moradores a refletirem sobre o que fariam se estivessem no lugar dele, conduzindo as políticas para esse público.

Durante a fala, o prefeito destacou que a cidade já possui uma lei que permite a internação involuntária em casos de surto, medida que vem sendo aplicada nos últimos dias com a ampliação de clínicas parceiras. Ele também mencionou que muitas pessoas em situação de rua são encaminhadas para suas cidades de origem, quando há aceitação da família — mais de 400 retornos já foram realizados neste ano.


Além disso, Topázio ressaltou que equipes da Prefeitura realizam mais de 300 abordagens semanais, oferecendo acolhimento, apoio em saúde e encaminhamento para capacitação profissional. Um exemplo citado foi a inserção de 47 pessoas no mercado de trabalho nos últimos 90 dias, resultado de parcerias em programas de reinserção social.


O debate ocorre em meio a números crescentes.


De acordo com levantamento publicado em janeiro de 2025 pelo portal Agora Floripa, Santa Catarina registrou um aumento de 76% na população em situação de rua entre 2021 e 2023, passando de 5.678 para 9.989 pessoas. Florianópolis liderava em números absolutos, com 2.749 pessoas vivendo nessa condição, o que representa 27,5% do total estadual. A Grande Florianópolis, no conjunto, concentrava 35% de toda a população em situação de rua do estado.


O crescimento também chama atenção em outras cidades: Criciúma registrou o maior salto proporcional, com aumento de 175,7%, seguida de Florianópolis (109,2%), Palhoça (102,8%), Balneário Camboriú (94,5%) e Itajaí (92,8%).


Em relação ao perfil, a maioria é formada por homens (89%), com idade entre 18 e 59 anos. Mais da metade tem escolaridade até o ensino fundamental incompleto e 14% apresentam algum tipo de deficiência.


Diante desse cenário, prefeituras têm buscado alternativas variadas: abrigos, internações involuntárias, centros de apoio e programas de trabalho. Em Florianópolis, a estrutura atual oferece cerca de 500 vagas em abrigos. Outras cidades, como São José, Criciúma, Palhoça e Itajaí, também vêm reforçando equipes multidisciplinares e criando novos espaços de acolhimento.


 
 
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