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Por que o uso do hidrogênio como combustível ainda não emplacou?
Por que o uso do hidrogênio como combustível ainda não emplacou?

Elemento químico mais abundante do universo, o hidrogênio pode ser queimado como o gás e o petróleo para gerar energia e sem poluir o ar, pois gera água como subproduto. Com essas características, ele substituiria os combustíveis fósseis, contribuindo para reduzir as emissões.


Mas isso não aconteceu até o momento, deixando muitas pessoas em dúvida sobre o motivo de o combustível de hidrogênio não ter se tornado popular. Como destacou o BGR na última sexta-feira (25), a explicação está no processo para obter a forma pura do elemento, que precisa ser fabricada.


Qual é o problema com a produção de combustível de hidrogênio?

De acordo com a reportagem, a fabricação de hidrogênio gera emissões em grandes quantidades a partir dos processos atuais. Dessa forma, utilizá-lo como fonte de combustível limpo não é viável, já que a sua produção polui o ambiente.


De 9 toneladas a 12 toneladas de dióxido de carbono (CO²) são liberadas para cada tonelada de hidrogênio puro produzida, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA);

A maior parte de hidrogênio usada atualmente é do tipo “cinza” que depende da quebra do gás natural em alta temperatura;


Esse processo polui bastante, gerando 12 kg de CO² a cada 1 kg de hidrogênio;

Outra alternativa, o hidrogênio azul é feito com o mesmo procedimento, mas retém parte das emissões ao adicionar uma tecnologia de captura de carbono;


Ainda assim, são gerados de 3 kg a 5 kg de CO² na produção de 1 kg do combustível.

Com isso, pesquisadores tentam desenvolver métodos mais sustentáveis de produzir a versão pura do elemento químico, que se tornaria uma opção interessante para reduzir os impactos dos automóveis nas mudanças climáticas. Mas não se trata de uma tarefa fácil.


“O hidrogênio é amplamente considerado uma forma de alcançar essas ambições porque é feito de gás natural. No entanto, é extremamente intensivo em energia e, é claro, quando criado por meio de métodos tradicionais, produz grandes quantidades de dióxido de carbono, limitando seus benefícios ambientais”, explicou o professor da Universidade de Cardiff (Reino Unido), Graham Hutchings, autor de um projeto na área.


E o hidrogênio verde?

Há uma opção ainda mais sustentável para fabricar o elemento químico, que gera no máximo 1 kg de CO². Chamado hidrogênio verde, ele é produzido usando fontes de energia limpas e renováveis, como a solar e a eólica, diminuindo bastante as emissões na comparação com as demais versões.


Porém, esse processo também enfrenta obstáculos, como o custo elevado dos eletrolisadores, necessários para separar o gás da água, e a dependência de fontes que nem sempre estão disponíveis. Dessa forma, o processo de produção não é contínuo, o que impede avanços.


Conforme o pesquisador do MIT Energy Initiative (EUA), Emre Gençer, superar esses desafios pode aumentar consideravelmente a oferta de hidrogênio verde. E os benefícios iriam além do setor automotivo, atendendo, por exemplo, as indústrias e as viagens aéreas, trazendo um alívio na emissão de poluentes.


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