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Disciplina aliada a liberdade da descontração. Passos de respeito, mas com pitadas de coragem para superação de limites. Solidariedade e inclusão parceiras da competitividade e da disputa pela vitória. Conceitos contraditórios e de oposição que se conectam pelo cooperativismo e esporte para a transformação social. Isso porque os princípios do cooperativismo remetem a ajuda mútua, responsabilidade social e integração. Enquanto que o esporte é uma linguagem universal que incentiva o condicionamento, a atenção e o trabalho em equipe.
Tudo isso é observado nas atividades realizadas com 30 jovens, na faixa etária de 9 a 14 anos de idade, que participam do Programa Esporte Comunitário. As modalidades de handebol e basquetebol são incentivadas nas terças e quintas-feiras nos períodos matutino e vespertino, no Ginásio Valdecir Paulini, no Loteamento Alice, no Bairro Efapi. Para participar é necessário que o jovem esteja matriculado na rede pública de ensino, nas unidades escolares E.B.M. Fedelino Machado dos Santos e E.P.C. Cyro Sosnoski.
A iniciativa é da Unimed Chapecó, e o programa é executado através do Instituto Unimed SC – filial Chapecó. O objetivo é promover saúde e bem-estar através do esporte, além de disseminar práticas de prevenção por meio de atividades educativas. O programa reforça o 7º princípio cooperativista, que é do interesse pela comunidade, porque ao estimular hábitos saudáveis dos jovens também promove a integração social e gera oportunidade de desenvolvimento pessoal e coletivo.
Em 22 anos de projeto, foram atendidos 1.413 jovens. “Em uma fase da vida marcada por descobertas, dúvidas e transformações, os adolescentes precisam de oportunidades que vão além da sala de aula. Neste sentido, os projetos sociais, como o Esporte Comunitário, oferecem um espaço seguro onde os jovens podem se expressar, aprender novas habilidades e desenvolver talentos. Além disso, promovem o senso de comunidade, incentivam o respeito às diferenças e estimulam valores como solidariedade, empatia e responsabilidade. Por isso, apoiar essas iniciativas é investir em uma sociedade mais justa, mais consciente e mais humana”, ressalta a supervisora administrativa da Sustentabilidade da Unimed Chapecó, Naiara Olga Lusa.
MOTIVAÇÃO
O estudante Elieser, de 12 anos, começou a participar do programa há dois meses, mas já observa a contribuição dele em sua vida. “Estou dormindo melhor e aprimorando habilidades motoras”. A motivação para a prática regular de atividade física vem por considerar o esporte atrativo e prazeroso. “O exercício é legal e faz bem para saúde, sem contar que futuramente pode encaminhar para algum time profissional. Eu, por exemplo, tenho interesse em jogar futebol”, explicou.
A alta intensidade que a modalidade de basquete proporciona com mudanças frequentes de direção e ritmo atraem o estudante Henrique, de 12 anos. Ele participa do programa há um ano e ressalta que a proposta é muito interessante. “O basquete é divertido, dinâmico e precisa de muita agilidade, resistência física, coordenação motora e raciocínio rápido”, explica. Henrique inclui, entre os benefícios do programa, a disciplina e a concentração.
O interesse pelo esporte motiva a estudante Jhenifer, de 13 anos, a participar do Esporte Comunitário há mais de um ano. “Nesse tempo aprendi muito dessas duas modalidades disponibilizadas, a exemplo das técnicas esportivas”, comenta. Apesar de suas particularidades, basquete e handebol compartilham de semelhanças estruturais, táticas e educativas, que incentivam o espírito de equipe, de cooperação, de tomada de decisão coletiva e habilidades socioemocionais. Jhenifer complementa que a atividade física lhe proporciona mais energia e disposição e também contribuiu para fazer novas amizades.
Ketlyn, estudante de 13 anos, afirma que indicaria o programa para seus amigos, principalmente, ao observar sua evolução ao participar há mais de um ano. “Sempre gostei de esporte, mas foi aqui que aprendi a jogar basquete. Me identifiquei com a modalidade, tanto que disputei um campeonato ano passado pela escola”, relembra. O esporte também contribui para que ela supere seus limites emocionais. “Antes não tinha coragem. Não fazia as coisas por vergonha. Recebi apoio e suporte no programa para superar essa dificuldade e aos poucos fui me acostumando a me expor e me expressar”, comenta ao agradecer pelas amizades conquistadas no espaço.
CONTRIBUIÇÃO
O esporte vai muito além do desenvolvimento físico. Também proporciona a melhora da saúde cardiovascular e respiratória, fortalecimento muscular e ósseo, aprimoramento da coordenação motora e do equilíbrio, controle de peso e prevenção de doenças crônicas. O profissional de educação física, Lucas Marangoni, explica que a atividade física possibilita benefícios cognitivos como memória, concentração e raciocínio lógico, além de vantagens sociais e emocionais, a exemplo do fortalecimento da autoestima e da confiança.
“O esporte é uma grande ferramenta social, no qual se busca conviver com pessoas diferentes, respeitar o tempo de maturidade de cada um e aprender a trabalhar em equipe. Busco trabalhar o esporte como uma preparação para a sociedade. Na prática esportiva, a compreensão de regras, disciplina e valores acontece num momento divertido para eles, que acabam aprendendo se divertindo”, analisa o profissional de educação física.
Lucas atua no Programa Esporte Comunitário há três anos e, nesse tempo, observou que as mudanças mais evidentes no comportamento estão relacionadas ao caráter e à disciplina. “São pequenas atitudes que fazem grande diferença, como não chegar atrasado e respeitar os colegas e o professor. É interessante quando um incentiva o outro para o caminho correto. Por exemplo, se estou fazendo uma explicação e um aluno está conversando ou quicando a bola, não preciso chamar atenção porque os próprios colegas já advertem que isso está errado. Isso também reflete na escola e em todos os âmbitos de sua vida”.
Essa ocupação positiva do tempo livre dos jovens, com a inserção de valores de cooperação e solidariedade, também favorece a construção de sonhos e os prepara para os desafios da vida adulta e do mundo do trabalho. “A maioria dos participantes mais novos deseja ter uma carreira no esporte, já os mais velhos entendem as dificuldades de se tornar um. Eu sempre dou apoio a todos, indico quem se destaca para outros programas disponíveis pela Prefeitura de Chapecó, em que possam participar de competições oficiais de liga e federação, para ter uma noção real do que é ser um atleta”, explica.
RECURSOS
As ações do programa são custeadas pelas leis de incentivo fiscal através de doação no Imposto de Renda e Lei de Incentivo ao Esporte, através do Ministério do Esporte. Também são parceiros para o andamento dos trabalhos, Secretaria Municipal do Esporte, Secretaria Municipal da Educação e as unidades escolares E.B.M. Fedelino Machado dos Santos e E.P.C. Cyro Sosnosky.Programa Esporte Comunitário, da Unimed Chapecó, beneficia 30 jovens no Bairro Efapi, em Chapecó
Disciplina aliada a liberdade da descontração. Passos de respeito, mas com pitadas de coragem para superação de limites. Solidariedade e inclusão parceiras da competitividade e da disputa pela vitória. Conceitos contraditórios e de oposição que se conectam pelo cooperativismo e esporte para a transformação social. Isso porque os princípios do cooperativismo remetem a ajuda mútua, responsabilidade social e integração. Enquanto que o esporte é uma linguagem universal que incentiva o condicionamento, a atenção e o trabalho em equipe.
Tudo isso é observado nas atividades realizadas com 30 jovens, na faixa etária de 9 a 14 anos de idade, que participam do Programa Esporte Comunitário. As modalidades de handebol e basquetebol são incentivadas nas terças e quintas-feiras nos períodos matutino e vespertino, no Ginásio Valdecir Paulini, no Loteamento Alice, no Bairro Efapi. Para participar é necessário que o jovem esteja matriculado na rede pública de ensino, nas unidades escolares E.B.M. Fedelino Machado dos Santos e E.P.C. Cyro Sosnoski.
A iniciativa é da Unimed Chapecó, e o programa é executado através do Instituto Unimed SC – filial Chapecó. O objetivo é promover saúde e bem-estar através do esporte, além de disseminar práticas de prevenção por meio de atividades educativas. O programa reforça o 7º princípio cooperativista, que é do interesse pela comunidade, porque ao estimular hábitos saudáveis dos jovens também promove a integração social e gera oportunidade de desenvolvimento pessoal e coletivo.
Em 22 anos de projeto, foram atendidos 1.413 jovens. “Em uma fase da vida marcada por descobertas, dúvidas e transformações, os adolescentes precisam de oportunidades que vão além da sala de aula. Neste sentido, os projetos sociais, como o Esporte Comunitário, oferecem um espaço seguro onde os jovens podem se expressar, aprender novas habilidades e desenvolver talentos. Além disso, promovem o senso de comunidade, incentivam o respeito às diferenças e estimulam valores como solidariedade, empatia e responsabilidade. Por isso, apoiar essas iniciativas é investir em uma sociedade mais justa, mais consciente e mais humana”, ressalta a supervisora administrativa da Sustentabilidade da Unimed Chapecó, Naiara Olga Lusa.
MOTIVAÇÃO
O estudante Elieser, de 12 anos, começou a participar do programa há dois meses, mas já observa a contribuição dele em sua vida. “Estou dormindo melhor e aprimorando habilidades motoras”. A motivação para a prática regular de atividade física vem por considerar o esporte atrativo e prazeroso. “O exercício é legal e faz bem para saúde, sem contar que futuramente pode encaminhar para algum time profissional. Eu, por exemplo, tenho interesse em jogar futebol”, explicou.
A alta intensidade que a modalidade de basquete proporciona com mudanças frequentes de direção e ritmo atraem o estudante Henrique, de 12 anos. Ele participa do programa há um ano e ressalta que a proposta é muito interessante. “O basquete é divertido, dinâmico e precisa de muita agilidade, resistência física, coordenação motora e raciocínio rápido”, explica. Henrique inclui, entre os benefícios do programa, a disciplina e a concentração.
O interesse pelo esporte motiva a estudante Jhenifer, de 13 anos, a participar do Esporte Comunitário há mais de um ano. “Nesse tempo aprendi muito dessas duas modalidades disponibilizadas, a exemplo das técnicas esportivas”, comenta. Apesar de suas particularidades, basquete e handebol compartilham de semelhanças estruturais, táticas e educativas, que incentivam o espírito de equipe, de cooperação, de tomada de decisão coletiva e habilidades socioemocionais. Jhenifer complementa que a atividade física lhe proporciona mais energia e disposição e também contribuiu para fazer novas amizades.
Ketlyn, estudante de 13 anos, afirma que indicaria o programa para seus amigos, principalmente, ao observar sua evolução ao participar há mais de um ano. “Sempre gostei de esporte, mas foi aqui que aprendi a jogar basquete. Me identifiquei com a modalidade, tanto que disputei um campeonato ano passado pela escola”, relembra. O esporte também contribui para que ela supere seus limites emocionais. “Antes não tinha coragem. Não fazia as coisas por vergonha. Recebi apoio e suporte no programa para superar essa dificuldade e aos poucos fui me acostumando a me expor e me expressar”, comenta ao agradecer pelas amizades conquistadas no espaço.
CONTRIBUIÇÃO
O esporte vai muito além do desenvolvimento físico. Também proporciona a melhora da saúde cardiovascular e respiratória, fortalecimento muscular e ósseo, aprimoramento da coordenação motora e do equilíbrio, controle de peso e prevenção de doenças crônicas. O profissional de educação física, Lucas Marangoni, explica que a atividade física possibilita benefícios cognitivos como memória, concentração e raciocínio lógico, além de vantagens sociais e emocionais, a exemplo do fortalecimento da autoestima e da confiança.
“O esporte é uma grande ferramenta social, no qual se busca conviver com pessoas diferentes, respeitar o tempo de maturidade de cada um e aprender a trabalhar em equipe. Busco trabalhar o esporte como uma preparação para a sociedade. Na prática esportiva, a compreensão de regras, disciplina e valores acontece num momento divertido para eles, que acabam aprendendo se divertindo”, analisa o profissional de educação física.
Lucas atua no Programa Esporte Comunitário há três anos e, nesse tempo, observou que as mudanças mais evidentes no comportamento estão relacionadas ao caráter e à disciplina. “São pequenas atitudes que fazem grande diferença, como não chegar atrasado e respeitar os colegas e o professor. É interessante quando um incentiva o outro para o caminho correto. Por exemplo, se estou fazendo uma explicação e um aluno está conversando ou quicando a bola, não preciso chamar atenção porque os próprios colegas já advertem que isso está errado. Isso também reflete na escola e em todos os âmbitos de sua vida”.
Essa ocupação positiva do tempo livre dos jovens, com a inserção de valores de cooperação e solidariedade, também favorece a construção de sonhos e os prepara para os desafios da vida adulta e do mundo do trabalho. “A maioria dos participantes mais novos deseja ter uma carreira no esporte, já os mais velhos entendem as dificuldades de se tornar um. Eu sempre dou apoio a todos, indico quem se destaca para outros programas disponíveis pela Prefeitura de Chapecó, em que possam participar de competições oficiais de liga e federação, para ter uma noção real do que é ser um atleta”, explica.
RECURSOS
As ações do programa são custeadas pelas leis de incentivo fiscal através de doação no Imposto de Renda e Lei de Incentivo ao Esporte, através do Ministério do Esporte. Também são parceiros para o andamento dos trabalhos, Secretaria Municipal do Esporte, Secretaria Municipal da Educação e as unidades escolares E.B.M. Fedelino Machado dos Santos e E.P.C. Cyro Sosnosky.