O mês de novembro é dedicado à conscientização sobre o diabetes mellitus, uma das condições crônicas que mais crescem no mundo. A data central da campanha é o Dia Mundial do Diabetes, celebrado em 14 de novembro, e foi criada pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS) para alertar sobre a importância da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado.

No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, cerca de 17 milhões de brasileiros convivem com a doença e o número cresce a cada ano, impulsionado por maus hábitos alimentares e estilo de vida sedentário.

“A grande preocupação é que o diabetes muitas vezes evolui de forma silenciosa. Quando o diagnóstico é feito tardiamente, o paciente já pode ter lesões em órgãos importantes como rins, olhos e coração. Por isso, o rastreio regular é essencial, especialmente em pessoas com histórico familiar, sobrepeso e hipertensão”, explica a endocrinologista Dra. Jéssica Viel.

Prevenção e controle

A especialista ressalta que a mudança de hábitos é o pilar da prevenção. Uma alimentação equilibrada, prática regular de atividade física e controle do peso corporal reduzem significativamente o risco de desenvolver o diabetes tipo 2, o mais comum entre os adultos.

Além disso, o diagnóstico precoce permite iniciar o tratamento antes que ocorram complicações graves. Exames simples de sangue, como a glicemia de jejum e a hemoglobina glicada, são fundamentais para o acompanhamento.

Sinais de alerta

Os sintomas mais comuns incluem sede excessiva, aumento da frequência urinária, fadiga, visão turva, perda de peso sem causa aparente e cicatrização lenta. Em crianças e adolescentes, o diagnóstico deve ser considerado diante de sintomas súbitos e intensos.

“O acompanhamento com o endocrinologista é essencial não só para o controle da glicose, mas também para o ajuste do estilo de vida e o manejo correto das medicações. O cuidado contínuo é o que garante qualidade de vida e longevidade para quem convive com o diabetes”, complementa a Dra. Jéssica Viel.