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- 16 de out.
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A Epagri capacita agricultores, gestores e nutricionistas para que os alimentos da agricultura familiar seja servido na alimentação escolar (Fotos: Aires Mariga)
No Dia Mundial da Alimentação, celebrado em 16 de outubro, a Epagri destaca algumas ações para promover hábitos alimentares saudáveis em Santa Catarina. A empresa atua em várias frentes para garantir que os catarinenses tenham acesso a refeições nutritivas, preparadas com alimentos frescos e naturais, em conformidade com o Guia Alimentar para a População Brasileira.
Entre as principais iniciativas está o apoio ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), que garante o fornecimento de alimentos da agricultura familiar para as escolas públicas. Em Santa Catarina, a Epagri presta assistência técnica e capacita agricultores, gestores e nutricionistas para que o programa funcione de forma eficiente.
A Lei nº 11.947/2009 determinou que 30% dos recursos repassados para a alimentação escolar fossem investidos na compra direta de produtos da agricultura familiar. Em 2025, a Lei nº 15.226/2025 ampliou esse percentual para 45%, reforçando a importância do agricultor familiar na alimentação escolar e fortalecendo as economias locais. “Assim, o Pnae se consolida como um dos principais mercados para a agricultura familiar, estimulando o desenvolvimento econômico sustentável das comunidades rurais”, salienta a coordenadora do programa Gestão de Negócios e Mercados da Epagri, Telma Köene.
A equipe da Epagri também colabora com as EEx e nutricionistas na elaboração dos cardápios escolares, apresentando novos produtos regionais e incentivando o uso de alimentos locais, frescos e nutritivos. “Essa atuação apoia as escolas para que ofereçam refeições de qualidade, ao mesmo tempo em que gera renda e fortalece a agricultura familiar”, ressalta a coordenadora.
Segundo o Relatório de Impacto do Apoio da Epagri ao Pnae 2024, a atuação da empresa foi em 91 municípios catarinenses, beneficiando 402.416 alunos e envolvendo 5.644 agricultores familiares. O volume comercializado via Pnae chegou a 1.269 toneladas de alimentos, somando R$53,66 milhões em produtos entregues. A participação da agricultura familiar nos recursos do programa atingiu 56%, com aumento estimado de 50% nas vendas e nos preços obtidos pela venda direta.
“Esses números reforçam que o apoio técnico e institucional da Epagri é essencial para conectar o agricultor familiar às escolas e garantir o abastecimento com qualidade e regularidade, diz Telma.
Capacitação de quem prepara a alimentação escolar
Outro foco da atuação da Epagri é a capacitação dos manipuladores de alimentos escolares. A Empresa promove cursos sobre boas práticas de fabricação, higiene e segurança alimentar, aproveitamento integral dos alimentos e receitas inovadoras, adaptadas à realidade de cada região.
As merendeiras recebem orientação sobre o preparo de alimentos nutritivos. As oficinas incentivam o uso de ingredientes locais — frutas, verduras, legumes e até Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs) —, valorizando o sabor, a saúde e a cultura alimentar das regiões, atendendo às regras nacionais que restringem o uso de ingredientes processados, ultraprocessados e com açúcar.
Além das oficinas, a Epagri promove o resgate de receitas tradicionais, incentivando as merendeiras a criar cardápios que preservam a identidade cultural e fortalecem a alimentação saudável desde a infância. Parte desses trabalhos resultou em livros de receitas, que se tornaram referência para escolas e famílias.
“Essas iniciativas se conectam com programas de compra de alimentos da agricultura familiar, fortalecendo a economia local e garantindo alimentos frescos e de qualidade para os estudantes. Investir na formação de merendeiras é também investir no paladar e na saúde das crianças, formando gerações que aprendem a valorizar alimentos naturais desde cedo”, diz Telma.
Ela explica que além de gerar renda e estimular o desenvolvimento rural, o Pnae tem efeito multiplicador. “Quando um alimento atinge o padrão exigido para o programa, ele se torna apto a acessar outros mercados, como feiras locais, cooperativas e programas de compras públicas, consolidando o agricultor familiar como fornecedor regular. Isso amplia a construção de sistemas alimentares mais justos e sustentáveis, com valorização do agricultor familiar e a oferta de alimentação de qualidade — saborosa, nutritiva e com o gosto da terra catarinense”.
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