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  • pautasconectandosc
  • 30 de abr.
  • 5 min de leitura

Carro elétrico paga IPVA? Essa é uma dúvida bastante comum entre as pessoas interessadas em trocar o veículo a combustão por um modelo movido a eletricidade, que vem ganhando cada vez mais espaço em todo o mundo.


De modo geral, os veículos eletrificados oferecem vantagens como a economia – na comparação com as opções movidas a álcool e gasolina – e o conforto proporcionado pelo baixo ruído do motor. A isenção ou redução do IPVA é outro benefício, dependendo do estado em que você mora.


O imposto zerado oferecido em determinadas regiões faz parte de um pacote de incentivos governamentais para a adoção dos veículos focados na sustentabilidade ambiental, que promovem a redução nas emissões de CO², se estendendo também às versões híbridas. Rodízio diferenciado e estacionamento gratuito podem ser outros.


Antes de saber quais estados oferecem isenção ou desconto no IPVA para carros elétricos e híbridos, vamos conhecer um pouco mais sobre o imposto anual para os proprietários de veículos.


O que é o IPVA?

Cobrado todo início de ano, o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores é um tributo de âmbito nacional, porém de competência estadual. Por causa disso, as alíquotas podem variar de um estado para o outro e também existem diferenças nas isenções e descontos.


Em alguns estados, há isenção do IPVA para veículo de pessoa com deficiência (PCD), enquanto outros dispensam a cobrança para modelos elétricos, taxistas e entidades filantrópicas. Dependendo do local de emplacamento, proprietários de carros antigos, como os fabricados há mais de 15 ou 20 anos, também não pagam o imposto.


O IPVA começou a ser cobrado a partir de 1985, substituindo a Taxa Rodoviária Única (TRU). Na versão antiga, o cálculo se baseava em fatores como o ano de fabricação do veículo, seu peso, a potência do motor e o número de eixos.


Já no modelo atual, o imposto é calculado levando em conta a alíquota e o valor venal do veículo, com a alíquota consistindo em uma porcentagem definida pelos estados, geralmente variando de 1% a 4%. Por sua vez, o valor venal normalmente tem a Tabela Fipe como referência.


Dessa forma, é comum que os modelos de luxo tenham um IPVA maior — em 2025, o carro com o IPVA mais caro do Brasil é uma Ferrari LaFerrari emplacada em Goiás, cujo valor venal chega a R$ 34,8 milhões e o imposto devido supera R$ 1,2 milhão. O tributo também costuma ser elevado nos estados com as alíquotas mais altas.


Apesar de se tratar de um imposto estadual, o dinheiro do IPVA também é dividido com os municípios, que ficam com 40% do valor arrecadado, e com a União, cuja parcela de 20% é direcionada ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Os 40% restantes são dos estados.


Quais estados oferecem isenção do IPVA para carros elétricos?

Conheça os estados com isenção ou redução do IPVA para carros elétricos e híbridos e as regras em cada um deles:


Alagoas

Oferece isenção para modelos 100% elétricos e os híbridos, mas há um porém. A cobrança só não acontece no primeiro ano, com a alíquota passando para 0,5% no segundo e sendo fixada em 1% a partir do terceiro.


Nos híbridos, a taxação começa em 0,75% após o primeiro ano de gratuidade e vai para 1,50% no segundo, ainda assim saindo mais em conta do que a alíquota de 3% nos carros de passeio a combustão.


Amapá

Tem isenção para todos os veículos elétricos e híbridos, com a legislação atual garantindo a dispensa do pagamento até 2026.


Amazonas

Os veículos eletrificados têm direito a uma pequena redução no IPVA. Nos carros convencionais, a alíquota é de 4%, enquanto nos modelos sustentáveis ela cai para 3%.


Bahia

Oferece isenção somente para as versões 100% eletrificadas e que custem até R$ 300 mil.


Ceará

A alíquota reduzida é cobrada dos modelos 100% elétricos e com até 100 cv de potência, ficando em 2,5%.


Distrito Federal

Quem compra um carro elétrico ou híbrido no Distrito Federal não paga IPVA, independente da idade do veículo.


Maranhão

Disponibiliza isenção para os modelos 100% elétricos e desconto para os híbridos, com a alíquota ficando em 2,5%. No entanto, apenas os automóveis comprados no estado têm o benefício.


Mato Grosso do Sul

Há uma política de IPVA zerado para todos os carros zero quilômetro no primeiro ano de uso, incluindo os eletrificados. Depois disso, as versões elétricas e híbridas passam a ter desconto de 70% no valor do imposto.


Minas Gerais

Tem isenção do imposto para híbridos e elétricos, porém os carros precisam ser produzidos no próprio estado. No momento, apenas modelos como Pulse e Fastback, da Fiat, são beneficiados.


Paraná

A isenção do IPVA no Paraná deixou de contemplar os carros a energia elétrica em 2025. No momento, apenas os veículos movidos a hidrogênio são dispensados da cobrança.


Pernambuco

Os carros 100% elétricos não pagam o imposto, enquanto nos híbridos a alíquota é de 3%, a mesma dos modelos convencionais.


Piauí

Os modelos 100% eletrificados têm desconto na alíquota, que fica em 1%. Já os híbridos são taxados como as versões a combustão.


Rio de Janeiro

O Rio oferece redução no IPVA para elétricos e híbridos, com alíquotas de 1% e 1,5%, respectivamente.


Rio Grande do Sul

Os elétricos têm o imposto zerado no Rio Grande do Sul, mas para os híbridos a alíquota é de 3%.


São Paulo

No maior estado do país, a isenção do IPVA é para carros movidos a hidrogênio e híbridos com motor elétrico de potência mínima de 40 kW, tensão a partir de 150 V e preço de até R$ 250 mil. Na cidade de São Paulo, a prefeitura dá 50% de desconto no imposto para os elétricos.


Nos demais estados, não há política de redução ou isenção do IPVA para elétricos e híbridos, no momento, embora existam discussões sobre a concessão de tal benefício em alguns deles. Vale prestar atenção às atualizações divulgadas pelos governos estaduais no início do ano para verificar possíveis mudanças.


Outros custos com carros elétricos

Além do IPVA, que pode ser isento ou reduzido dependendo do local de compra, os carros elétricos se destacam por outros custos mais baixos. Na manutenção, a principal preocupação é com a bateria, enquanto as revisões custam de 20% a 30% menos, mas o seguro pode sair mais caro.


Quanto aos custos da recarga, estima-se um valor médio de R$ 10,50 para cada 100 km rodados, considerando a tarifa média por kWh no Brasil, mais barato do que nos carros a combustão. Vale ressaltar que a infraestrutura para os eletrificados no país está se desenvolvendo, com a maioria dos pontos de recarga encontrados nas grandes cidades e principais rodovias.

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