No mesmo dia que Chapecó relembra uma de suas maiores tristezas, o acidente aéreo da Chapecoense, também viveu uma de suas maiores alegrias no esporte. Em 64 anos de Jogos Abertos pela primeira vez a capital do Oeste ergueu o troféu de campeão geral, neste sábado (29), no ginásio Ivo Silveira. Para se ter uma ideia da dificuldade, a melhor colocação do município havia sido um vice em 1991, ano em que foi sede. No ano passado tinha ficado em quinto.

A meta era ficar em terceiro, quem sabe em segundo. Mas o município sede começou bem, pontuando em modalidades que não pontuava, até que assumiu a liderança. A partir do bom desempenho alguns começaram a dizer: “Estão deixando a gente sonhar”. Teve alguma frustração mas também vitórias marcantes e confirmações de expectativas que levaram Chapecó à liderança e ao título. Teve gente que considerou a conquista nesse dia como um presente.

Na abertura dos Jogos Abertos, nós trouxemos a família do ex-goleiro Danilo, que inspirou o mascote da competição, o Danilinho. E a Chapecoense venceu e Chapecó também foi campeão. O esporte é isso, ele é inspiração. A Prefeitura faz muito pelo esporte. A Arena Condá é da Prefeitura, revitalizamos as praças esportivas, construímos o Parque do Eldorado que sediou o Thriathlon, a nova pista sintética que propiciou à nossa atleta Daniele Campigotto conquistar três ouros e recorde nos 100m, rasos, apoiamos a base com o Atleta do Futuro e repassamos valores para os convênios. A Prefeitura é o maior patrocinador das modalidades. E o resultado está aí. Agora vamos criar uma bolsa para atletas que buscam índices para as Olimpíadas. E queremos ter alguém de Chapecó já na Olimpíada de 2028, disse o prefeito.

O presidente da Fesporte, Jeferson Ramos Batista, parabenizou Chapecó pela estrutura e pelo título.

Chapecó entra no hall dos grandes campeões dos JASC. Agradeço a Prefeitura que nos auxiliou na organização desta edição, que não teve nenhum problema relevante. Com certeza foi uma das melhores edições de Jogos Abertos da história, disse Jeferson.

Ao final da cerimônia, o técnico do Voleibol Masculino, Nilson Rex, foi escolhido para conduzir o fogo simbólico até o momento em que foi apagado. Ele foi escolhido pela trajetória no esporte por Chapecó, onde compete há 44 anos. Nesta edição ele conquistou seu 13° título dos JASC, o quarto como treinador. Os demais foram como atleta. Detalhe, dez atletas dos 15 foram formados na base.

É uma satisfação ver o resultado do trabalho desenvolvido com os atletas, conquistar o título da modalidade e ainda contribuir para o título geral, que é algo inédito para Chapecó. É muito emocionante. Isso é um mérito da Administração Municipal e uma conquista do povo de Chapecó, disse Nilson.

Fotos: Diego De Bastiani