Evento gratuito, promovido pela Unimed Chapecó, reunirá especialistas para debater saúde mental, cuidados paliativos e doenças endócrino-metabólicas

Nos dias 31 de outubro e 1º de novembro, Chapecó se tornará um ponto de encontro para profissionais da saúde que buscam atualização, diálogo e troca de experiências. O III Simpósio de Medicina de Família e Comunidade e o II Simpósio de Cuidados Paliativos da Unimed Chapecó acontecerão no Hotel Lang Palace, com a presença de profissionais médicos, equipe multiprofissional e convidados de diferentes regiões do país. A inscrição é gratuita e o evento abordará três eixos temáticos, Saúde Mental, Cuidados Paliativos e Endócrino-Metabólico, áreas que dialogam diretamente com os desafios contemporâneos da atenção à saúde.

A iniciativa une dois setores fundamentais do Complexo Unimed Chapecó: a Medicina de Família, vinculada à Atenção Primária em Saúde (APS) e a Comissão de Cuidados Paliativos. Para o médico responsável pela área de Medicina de Família, Dr. Juliano Brustolin, a proposta reforça o compromisso institucional com a formação contínua e a integração com a comunidade regional. “O Hospital Unimed Chapecó tem um papel importante de aproximação com a sociedade. Uma das formas de cumprir essa missão é por meio da educação, levando conhecimento para profissionais e para a comunidade. Como referência em saúde no Oeste catarinense, buscamos compartilhar experiências e fortalecer o trabalho dos colegas que atuam na região”, destacou.

Segundo ele, a programação foi cuidadosamente construída para contemplar temas urgentes. A Saúde Mental recebe atenção especial diante dos impactos pós-pandemia e da crescente demanda por abordagens mais humanizadas. Já o eixo Endócrino-Metabólico focará em doenças crônicas como obesidade e diabetes, condições cada vez mais prevalentes e que exigem intervenções integradas entre diferentes níveis de atenção.

A parceria também inclui Cuidados Paliativos, tema que, apesar de amplamente discutido, ainda carrega conceitos equivocados. “Muitos associam cuidados paliativos apenas ao fim da vida, mas trata-se de um acompanhamento contínuo para pessoas com condições crônicas que necessitam de suporte humanizado e avançado. É uma área que dialoga diretamente com a Medicina de Família, pois equipes acompanham pacientes complexos e participam de decisões fundamentais”, explicou o Dr. Juliano.

A COMUNICAÇÃO NOS CUIDADOS PALIATIVOS

A médica oncologista e paliativista da Unimed Chapecó, Dra. Márcia Kotz, uma das organizadoras do módulo Cuidados Paliativos, explica que a escolha do tema central reflete uma necessidade prática. “A comunicação é um grande desafio no atendimento de pacientes em situações ameaçadoras à vida. Ela precisa ser técnica, efetiva e, ao mesmo tempo, sensível e compassiva. Exige escuta ativa, respeito aos valores e à biografia de cada pessoa. Nos cuidados paliativos, não se olha apenas para o paciente, mas para todo o núcleo de cuidado, que envolve família e rede de apoio”, observou.

Dra. Márcia reforça que a comunicação atravessa todos os níveis de atenção e requer treinamento constante. “Para garantir continuidade no tratamento, é essencial que as equipes falem a mesma língua. Isso envolve desde o ambiente hospitalar até o atendimento domiciliar, onde a Unimed Chapecó atua de forma intensa. Uma comunicação efetiva sustenta a qualidade do cuidado e fortalece vínculos com pacientes e famílias”, ressaltou.

Segundo os organizadores, o Simpósio já se consolidou como um espaço de formação e integração entre profissionais da região. A edição deste ano aposta em conteúdo atualizado, diversidade de perspectivas e interatividade, elementos que devem proporcionar uma experiência enriquecedora para os participantes.