top of page

Uma estrela com elevados níveis de lítio:

Astrônomos anunciaram a descoberta de uma estrela incomum com níveis elevados de lítio, elemento raro no universo e essencial para nossa compreensão da evolução estelar e química cósmica. Esta estrela, batizada J0524-0336 e distante cerca de 30.000 anos-luz da Terra, apresenta uma abundância de lítio dezenas de vezes maior do que o esperado para estrelas de sua idade e tipo.


A detecção foi realizada por meio de espectroscopia de alta precisão, que revelou as assinaturas químicas do lítio na atmosfera estelar. Este elemento, formado durante os primeiros minutos após o Big Bang, é normalmente destruído em reações nucleares nas estrelas, tornando raras as observações de níveis tão elevados em corpos celestes.


A presença de lítio em quantidades tão significativas desafia modelos teóricos da evolução estelar e da nucleossíntese primordial. Uma possibilidade é que a estrela tenha capturado material rico em lítio de um sistema planetário desintegrado, enquanto outra hipótese sugere que explosões de supernovas ou eventos de fusão de estrelas de nêutrons próximos podem ter contribuído para enriquecer sua composição.


Essa descoberta não apenas ajuda a esclarecer o ciclo de vida do lítio no cosmos, mas também abre novas portas para investigar os processos dinâmicos que moldam a composição química das estrelas e seus arredores.


O Telescópio Espacial James Webb (JWST) registrou a colisão mais distante e antiga já observada entre dois quasares, localizados no sistema galáctico ZS7, a 12 bilhões de anos-luz da Terra. Os quasares, que são núcleos galácticos ativos alimentados por supermassivos buracos negros, emitiram intensas radiações eletromagnéticas durante esse evento.


Um dos buracos negros envolvidos possui massa estimada em 50 milhões de vezes a do Sol, enquanto o segundo apresenta características similares, embora sua massa exata ainda não tenha sido confirmada devido à densidade do gás ao seu redor.


A colisão entre esses objetos massivos é de grande interesse para a comunidade científica, pois gera ondas gravitacionais que podem ser detectadas por futuros instrumentos, como o Laser Interferometer Space Antenna (LISA), planejado para lançamento em 2035.


O estudo dessas colisões ajuda os cientistas a entenderem como os buracos negros cresceram rapidamente no universo primordial e como influenciaram a evolução das galáxias. Além disso, a capacidade do JWST de separar espacialmente os dois buracos negros e estudar os gases quentes e ionizados ao seu redor oferece uma visão sem precedentes sobre a física complexa desses sistemas.

bottom of page