
Entre os candidatos que morreram no Brasil, 94 disputavam o cargo de vereador, seis de vice-prefeito e dois de prefeito.
Segundo o TSE, as estatísticas por partido são lideradas pelo MDB, com 12 vítimas. Na sequência, está o PSD com 11, o Republicanos com dez e o PL com nove.
Prefeito e pai assassinados
Marcelo Oliveira, de 38 anos, era prefeito da cidade de João Dias no Rio Grande do Norte e tentava a reeleição pelo partido União Brasil, quando foi assassinado a tiros em 27 de agosto.
O pai dele, Sandi Oliveira, também morreu no atentado. Ao menos 14 pessoas foram presas por suspeita de envolvimento e o TSE aprovou o envio de tropas federais para o município nas eleições do dia 6 de outubro.
O outro candidato a prefeito que morreu era de Itatinga, em São Paulo. O presidente da Câmera Municipal Lukas Machado, de 30 anos, concorria à prefeitura pelo Podemos. Ele foi encontrado morto em casa no dia 23 de agosto.
Segundo a Polícia Civil de São Paulo, o corpo não apresentava lesões por agressão ou sinais de violência. A perícia encontrou vestígios de cocaína no banheiro e um suspeito foi preso por tráfico de drogas.
Santa Catarina teve três candidatos que morreram e não chegarão às urnas no dia 6 de outubro. Todos concorriam ao cargo de vereador.
Carlos Augusto da Costa Padilha, o “Gugu”, era candidato do PP à Câmara Municipal de Concórdia, no Oeste catarinense. Natural de Tupanciretã, no Rio Grande do Sul, ele morreu aos 65 anos após cair e bater a cabeça.
Ele era jornalista, radialista e redator, dono da Rádio Web Positiva e disputava as eleições pela primeira vez. A única doação feita à campanha foi um Pix de R$ 200 de seu filho, Guilherme Augusto Busnello Padilha.
Gugu caiu da cabine de transmissão enquanto narrava uma partida de futebol, a uma altura de cinco metros. As causas da morte, no dia 30 de agosto, foram ataque cardíaco, embolia pulmonar, trauma abdominal, trauma na medula espinhal e trauma cranioencefálico grave.
O mais recente na lista de candidatos que morreram é Jair de Oliveira Bittencourt, que se apresentava como “Jair Queijo”. Ele morreu no dia 7 de setembro na cidade de Içara, aos 69 anos, e disputava um cargo de vereador, pelo PL, em Lauro Müller, no Sul de Santa Catarina.
Esta era sua sexta eleição municipal. Em todas as anteriores, desde 2004, foi eleito suplente. No portal do TSE, seu grau de instrução é “lê e escreve” e declarou um terreno de R$ 150 mil, sem nenhuma doação para a campanha.
O aposentado Jair Queijo morreu de insuficiência respiratória aguda, insuficiência cardíaca descompensada e AVC (acidente vascular cerebral) isquêmico, quando a obstrução de uma artéria impede a passagem de oxigênio para as células cerebrais.
Paulo César Fernandes era candidato a vereador do PSDB em Santa Cecília, na região Serrana. Ele morreu em 16 de agosto, aos 55 anos, por parada cardiorrespiratória e infarto agudo do miocárdio, decorrentes de pressão alta e diabetes.
Ele já havia concorrido à Câmara Municipal com o apelido “Paulinho” em 2012 e 2016 pelo PSC, mas não foi eleito em nenhuma das ocasiões. Aposentado e casado, o candidato não declarou bens e não prestou contas à Justiça Eleitoral.