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  • pautasconectandosc
  • 10 de abr.
  • 2 min de leitura

A Google anunciou nesta quarta-feira (9) um novo chip voltado para acelerar produtos e soluções de inteligência artificial (IA). Trata-se do Ironwood, a sétima geração de unidades de processamento de Tensor (TPUs), com fabricação própria e utilização exclusiva na estrutura interna da empresa.


A revelação aconteceu durante o evento Cloud Next, que acontece ao longo da semana e envolve as melhorias da companhia para o setor. De acordo com a Google, esse é o acelerador de IA personalizado "de maior desempenho e escalabilidade" já anunciado pela empresa.


Por que o Ironwood é tão especial?

De acordo com o comunicado da Google, o novo TPU da empresa dobra a performance sob o mesmo custo energético em comparação ao Trillium, que é o chip apresentado no ano passado, e é 3.600 vezes mais potente que a segunda geração de TPUs da marca, apresentada em 2017. Ele tem um poder computacional de 4.614 TFLOPs se utilizado de forma escalável, um valor considerado 24 vezes maior do que o atual supercomputador mais poderoso do mundo.


Cada chip tem 192 GB de memória HBM (sigla High Bandwidth Memory, de alto barramento ou alta largura de banda), com a largura de banda podendo chegar a 7,2 Tb/s por chip usado.


Ele ainda inclui um núcleo otimizado chamado de SparseCore, responsável por acelerar o processamento de tarefas de ranqueamento e identificação em IAs. Na prática, ele auxilia uma série de processos, permitindo que um sistema vire especialista em determinadas áreas e entregue resultados de melhor qualidade em pouco tempo.


Toda essa potência faz com que ele seja o primeiro chip de IA da companhia voltado especificamente para inferência — ou seja, a etapa de "raciocínio", interpretação e produção de resultados de uma plataforma. Todas as anteriores até serviam a esse propósito parcialmente, mas eram mais voltadas para as etapas anteriores de treinamento de modelos de linguagem.


Dessa forma, o Ironwood pode servir como base de estruturas de clientes da Google Cloud que mantêm agentes de IA, sistemas mais autônomos e que realizam ações complexas sem precisar de tanta supervisão humana.


Quais as aplicações do novo chip Ironwood?

A Google alega que o Ironwood vai ajudar a "resolver as demandas de IA do amanhã", ampliando o poder computacional necessário para sustentar plataformas desse mercado em processamento, capacidade de memória e confiabilidade.


A nova tecnologia deve inicialmente atender a demanda de modelos de linguagem de alta complexidade da própria empresa, como a família Gemini 2.5. Além disso, a marca pretende integrar os chips na estrutura do AI Hypercomputer, um futuro cluster computacional modular para clientes da Google Cloud.


Isso pode reduzir a dependência da indústria de IA na Nvidia, atual líder de mercado no fornecimento de GPUs para data centers e servidores de sistemas generativos, e aumentar a rivalidade com marcas também no páreo, como são os casos de Amazon e Microsoft.


A Google vai oferecer o poder do Ironwood aos parceiros em duas configurações: uma composta por 256 chips e outra com 9.216 chips, mais voltado para grandes demandas. Até o momento, ela não detalhou prazos de disponibilidade ou detalhes dos planos que serão oferecidos.

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